imagem_00Quem aí tem frio na barriga com as palavras “check-in”, “embarque”, “gate”, “airbus”? Quando ouve “portas em automático” tem vontade de sair correndo?

E “estamos atravessando uma área de turbulência”, então?

Pois é gente, como falei no meu Snapchat (fabijustus), eu tenho muito, mas muito medo de avião.
Teve gente que perguntou “como você pode ter medo, sendo que viaja tanto”, ou “pensei que já seria acostumada”. O medo não é algo que a gente consegue controlar. Não conseguimos escolher ter ou não medo de algo. Se conseguíssemos, seria incrível… mas não é bem assim.
Eu não sei explicar desde quando tenho esse medo… mas já faz tanto tempo que nem sei…
Fiz terapia durante muitos e muitos anos tentando decifrá-lo. Até acho que cheguei perto, mas não me “curei” dessa angústia.

Meu medo veio bem antes de eu ter idade o suficiente para ler notícias e ver acidentes (raros) acontecendo. Sim, são MUITO raros… mas é que quando acontece é um choque muito grande. Uma injustiça tão gigantesca… Fico triste demais.

Mas o medo vem desde a infância. O que sugere que ele não é necessariamente relacionado ao avião em si. Já pararam para pensar na origem dos nossos medos? Pois é, muitas vezes o buraco é muito mais embaixo. O medo pode ser de um assunto, e a origem ser algo diferente dele.

Sinto que o meu medo de avião vem de uma espécie de falta de “controle” que o avião me promove. Me sinto de mãos atadas, sem saber o que está acontecendo. E eu sou uma pessoa muito curiosa… gosto de saber de tudo! Hahaha

Tendo essa consciência, procuro fazer o máximo de perguntas possíveis quando encontro com um piloto ou aeromoça, por exemplo. Acho a calma deles admirável. Fico tentando entender como uma aeromoça pode falar para mim que até gosta quando tem turbulência, pois consegue relaxar um pouco. Relaxar? Turbulência para mim é sinônimo de pânico! Se estou lendo, fico re-lendo mil vezes a mesma frase. Se estou assistindo algo, tenho que voltar pois não prestei atenção em nada. E o mapa? Quando o bicho pega muito, eu saio do filme que estou assistindo e coloco no mapa. Como se isso fosse ajudar alguma coisa. Hahaha. Ver aquele desenhinho de avião em cima do mapa mundi parece me dar um “controle” maior sobre a situação desesperadora em que me encontro.

Recentemente, cheguei a conclusão que precisava tomar atitudes diferentes. Esse esquema não estava funcionando. O mapa não ajudava em nada. E eu também não tomo remédio. Não me sinto bem… fico dopada, mas mesmo assim não durmo direito. Então fico uma medrosa dopada, e isso não é a melhor sensação do mundo. Além do que também não sou muito fã de remédios. Tenho um certo medinho das reações adversas… então piorou! Hahaha!

Tenho feito algo que me ajuda demais durante o vôo (além de rezar muito na decolagem, pouso, e qualquer balanço). Coloco um fone de ouvido que barra o som do ambiente (noise cancelling), o meu é da marca Bose. Ponho uma música calma, mas coloco o volume bem alto, e fico ouvindo, de olhos fechados. Qualquer turbulência, faço isso. Ajuda demais. Você não escuta os sons das asas, barulhinho do comando de apertar os cintos, a aeromoça avisando da instabilidade. E consigo relaxar um pouco, por incrível que pareça. Literalmente viajo na música. Tem vezes que coloco no repeat. Foco na letra, penso na história… e assim, consigo me distrair.

Isso é o que funciona para mim. Vocês, medrosos de plantão assim como eu, devem tentar descobrir o que funciona para vocês. Mas, o mais importante de tudo é não deixar o medo te consumir. Sinto que os medos são “inimigos” que temos que combater. E como combater? Lutando contra. Se você tem medo de avião, voe mais! Se tem medo de dentista, vá mesmo assim! (Essa é para minha cunhadinha, Fran, que tem fobia de dentista), se tem medo de altura, vá numa montanha russa.

Não sei vocês, mas eu, quando o avião pousa e eu percebo que consegui vencer mais uma “batalha” contra meu medo, e me sinto muito orgulhosa de mim mesma. Principalmente quando viajo sozinha. Porque teve uma época da minha vida em que eu falava que nunca ia voar sozinha. Como assim? O que muda ter alguem do lado? Será que minha auto-confiança estava tão abalada ao ponto de eu não me bastar sozinha?

E foi aí que me desafiei, e voei sozinha… Primeiro, dentro do brasil. Depois para fora do país. E fui vivendo! Viajando, que é uma das coisas que mais amo fazer na vida!

Os sintomas existem. Fico com o coração acelerado, um frio na barriga absurdo, minhas mãos suam, minha expressão muda. Mas passa! Como tudo na vida. E viajar é tão bom e tão necessário que vale a pena.

Não acho que o costume pelo fato de eu viajar bastante faz o medo passar… mas aprendi a controlá-lo.

E, se estou sozinha no vôo, e sinto muito medo, converso com a pessoa do lado. Teve uma vez que até peguei na mão de uma senhora, kkk. Mas ela foi muito fofa, e me acolheu e confortou com carinho. Fiquei feliz.

É isso gente! Fiz esse post depois de falar sobre o assunto no Snapchat, e ver que muitas e muitas pessoas sofrem do mesmo “problema” que eu. Coloquei entre aspas pois ele só vira um problema se deixarmos o medo nos consumir. Senão, ele é apenas um obstáculo.

Espero que tenham gostado do tema do #pensamentosdodia de hoje!

Se quiserem sugerir novos temas para essa tag do blog, vou amar! Mandem por e-mail: contato@fabianajustus.com, ou deixem aqui nos comentários mesmo!

Beijinhos,

Fabi