Demorei para escrever esse pensamento do dia… E é claro que vocês imaginam o porque né?!

No dia 26 de Julho desse ano, a Luna, minha companheirinha de 14 anos me deixou.

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A Luna apareceu na minha vida de surpresa, quando eu tinha apenas 16 anos. Ou seja, ela esteve comigo por metade da minha vida. Depois que postei no Instagram que ela havia nos deixado, recebi muuuuitas mensagens, e recebo até hoje, de pessoas que estavam ou estão passando pelo mesmo momento que eu: a perda de um filho canino.

Tem gente que enxerga cachorro como cachorro, algo distante… que preciso ser sincera, não consigo entender como. Juro que quando perdi a Luna escutei de algumas pessoas “compra outra” … Oi? Como assim?

Esse texto não é para essas pessoas que enxergam os cachorros como simples cachorros. Esse post é dedicado para quem, assim como eu, tem uma ligação extremamente forte com os seus animais de estimação.

A Luna, desde os 10 anos de idade, tinha uma doença de coração super grave. Passamos por diversos sustos, dávamos 13 remédios por dia para ela, em horários específicos… não medíamos esforços para dar-lhe a melhor qualidade de vida possível.

Eu nunca entendi algumas pessoas que se afastam do cão quando ele se torna velhinho. Gente, quando o cão está idoso é quando ele MAIS PRECISA de você! Claro que dá trabalho, mas nada compara com a alegria que ele te deu durante sua vida toda.

Uma vez, uma veterinária me disse que os cães são considerados “velhos” a partir dos 7 anos de idade. Isso para nós é algo incompreensível, né?! Porque eles vivem praticamente metade da vida jovens, e para sorte de alguns, mais metade velhinhos, com diversos probleminhas de saúde em alguns casos. Eu digo sorte, pois sei que existem vários cãezinhos que não vivem tantos anos quanto a Luna viveu.

Por mais que eu soubesse que ela tinha uma doença cardíaca super grave… Por mais que eu achasse que eu estava “me preparando” para esse momento, no dia que ela se foi, o meu mundo caiu. Não existem palavras para descrever a dor que eu senti. Eu passei dias e dias tentando entender como eu iria conviver com aquela dor.

As pessoas tentavam me consolar, mas nada melhorava o meu sentimento. Até que um dia, uma pessoa falou para mim: a saudade nunca irá passar, mas a dor, com o tempo, irá amenizar. Eu fiquei com aquilo na cabeça, e por mais que eu não conseguisse entender como, eu acreditei naquilo. E não é que é verdade?

Para quem está passando por isso agora, nada do que eu disser irá diminuir a sua dor. A dor é o luto que tem que ser vivido. Não adianta tentar apressar as coisas. Não adianta tentar disfarçar, porque “não é um ser humano, é apenas um cachorro”. Sim, somos obrigados a escutar coisas desse tipo em um momento tão difícil quanto esse.

Eu não apressei o meu luto. Todos os dias eu “conversava” com a Luna na minha cabeça. Agradecia ela por toda a alegria que ela me trouxe, todos os momentos maravilhosos que vivemos juntas. Todo o amor incondicional que ela me deu, sem esperar nada em troca.

E com o tempo, a dor realmente foi amenizando. Toda vez que pensava nela, doía demais, e hoje essa dor se transformou em uma saudade imensa e uma gratidão enorme, por ela ter vivido seus 14 anos do mais puro e fiel amor ao meu lado.

Toda vez que penso nela, tenho vontade de chorar… primeiro pela saudade, queria muito poder tê-la do meu lado para sentir seu cheirinho e enchê-la de beijinhos. Mas também tenho vontade de chorar de emoção por ter me aberto para uma aventura de 14 aninhos ao seu lado. Para nós, 14 anos não é “nada”, e para ela 14 anos foi sua vida toda.

Acredito que precisamos deixar de enxergar o tempo como algo linear, quando se trata de uma vida com cães, e animais de estimação em geral. Temos que viver todos os momentos com muita alegria, sem pensar que eles viverão menos que nós. Dar valor aos momentos que temos com eles, e agradecer por termos o privilégio de conviver com seres tão evoluídos.

Porque é exatamente assim que eu enxergo os nossos animaizinhos… seres de luz, que vem a terra com a missão de espalhar amor e compaixão… coisa que os seres humanos estão bem distantes de conseguir.

Se todo mundo fosse mais parecido com os  nossos animaizinhos, o mundo seria um lugar INFINITAMENTE melhor, sem dúvida alguma.

Hoje, Deus colocou em minha vida mais 2 seres de luz para encherem a minha casa de alegria. Meu marido me deu a Maya, uma Boston Terrier fofinha e medrosinha, com muita personalidade, que grudou em mim desde o primeiro dia, e que preencheu meu coração com um amor incrível. E depois, juntos, decidimos que seria bom ela ter uma irmãzinha, e com isso veio a Nika, a irmã dela de parte de pai, um pouquinho mais nova. Elas já se amam, e nós já as amamos muito.

Para quem pergunta se ter outro cachorrinho ajuda na dor da perda… Olha, acho muito complicado responder isso. Cada pessoa é de um jeito. Eu não queria imaginar ter outro cãozinho. Meu marido me fez uma surpresa e eu caí aos prantos no dia que ganhei a Maya. Mas em poucos dias eu já me rendi ao seu olhar, ao seu jeito carinhoso… não tem como não se apaixonar.

De forma alguma ela substituiu a Luna no meu coração. A Luna terá, eternamente, seu lugar dentro do meu peito, reservadinho. Eu penso nela praticamente todos os dias. Ela sempre será minha Luninha.

Mas eu tenho muito amor para dar, e as novas cachorrinhas merecem todo carinho que eu puder as oferecer. É assim que eu enxergo.

Espero que quem esteja passando por algo parecido, possa ter sentido, pelo menos um pouquinho, de conforto com o meu pensamento de hoje!

Fiquei muito emocionada ao escrever tudo isso para vocês!

E é por isso que eu AMO essa sessão aqui no blog. Porque eu escrevo do fundo do meu coração, e assim nos conhecemos melhor, e trocamos experiências, né?!

Dividam aqui nos comentários as histórias de vocês com seus animaizinhos de estimação!

Beijinhos,

Fabi